É um facto: vivemos constantemente pressionados para sermos os melhores pais, os mais perfeitos, com o melhor aspecto, com tempo para a família e ainda para uma vida social, para estarmos sempre com boa aparência e a gritar o último trapinho da moda. Que magníficos que somos!
Depois, o que acontece é que nada como esperamos, tropeçamos em todas as magnitudes que queremos para a nossa vida, começamos a cair e não encontramos o raio de uma corda para nos segurarmos e, o pior, não existe nenhuma rede la em baixo para amparar a queda.
E escusam de dizer que não são assim, porque queremos sempre ser os melhores e queremos sempre roçar a perfeição!
NEWSFLASH! Esta ambição esmaga-nos e causa frustração. Acabamos por não nos entregarmos ao que realmente importa, a não sabermos amar convenientemente os nossos filhos, parceiro/a, restante família e amigos e acabamos por viver num mundo de ilusão, onde não somos felizes.
Vamos, então, tentar fazer um exercício (eu incluída), de libertação:
1) Nós, pais, temos direito a falhar nesta profissão. É importante assumir os erros, sem nos culparmos de tal e remediando as coisas se necessário.
2) Nós, mulheres, temos de arranjar tempo para nós enquanto tal: Um jantar com o marido, uma ida ao cabeleireiro, compras, uma saída com amigas, largar as roupas, agarrar num livro do nosso interesse e devorá-lo.
3) Nós, donas de casa, não precisamos de ter a casa num brinco! Se não puderem ter uma empregada para vos ajudar nas tarefas, peçam ajuda à mãe, irmãs, sogra! É natural não ter tempo para a casa e não temos de ser super mulheres!
Porque nós, irmãos, amigos, companheiros, filhos, nós também não somos perfeitos e também precisamos da vossa ajuda, da vossa atenção, do vosso amor. Entendemos que as prioridades mudam quando nascem os vossos filhos, mas nós também queremos participar, também continuamos a fazer parte da vossa vida, também continuamos a amar-vos e a existir :)
ResponderEliminarÉ isso mesmo Sandra! Nós vivemos uns para os outros, mas as mulheres que são mães têm tendência a querer parecer que tudo está bem, quando não está, refugiar-se nas lides da casa, nas notas dos filhos...
EliminarNão podia estar mais de acordo com tudo o que escreves... o problema é a prática, o dia a dia que nos deixa sem forças para apostar nessas coisas.
ResponderEliminarSílvia, eu também penso como tu, mas temos de tentar fazer as coisas de forma diferente. Por exemplo... o A. chega a casa por volta das 2h da manhã todos os dias, do trabalho. Custa-me muito estar acordada a essa hora, mas eu faço o esforço de estar mais alguns minutos do me dia com ele! a ida ao cabeleireiro... aquela novela que tanto gostamos (eu nao vejo a minha em directo. Coloco a gravar e vejo mais tarde). Se nós próprias nos esquecemos de nos mimar, como podemos exigir que os outros nos façam o mesmo?
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